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"Águas turvas. E eu sou assim mesmo. Esse turbilhão que por onde passa leva tudo ao redor, leva porque não tem saída efusiva. Leva por incerteza. Leva só por levar um bucadinho ali, outro mais a frente… E assim a vida vai seguindo. Vai seguindo porque ninguém é de ferro, ninguém deixa tudo passar sem olhar pra trás, ninguém deixa de se arrepender – a não ser que esteja morto -, vai levando a vida, assim, na calmaria. Porque se tem pressa tudo estraga. Estraga porque a vida é só uma e tudo que é demais perde a graça. Eu me perco mesmo nesses meus desatinos, nesses meus repentinos, nesses meus cálculos de frieza constante – como se eu fosse algo definido – e constantemente digo a mim mesmo: “Não sei”. Não sei que hora ele liga e diz que volta, nem sei mesmo que horas eu volto amanhã, se estou pra amanhã… Meu humor é mesmo assim, inconstante, tão inconstante que me faz ter ódio do que eu amo agora."
E não sei, não sei de novo, nem sei quando vou saber…

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