O Sentido da Vida
O Sentido da Vida constitui um questionamento filosófico acerca do propósito e significado da existência humana. Ela demarca então a "interpretação do relacionamento entre o ser humano e seu mundo". Há uma quantidade inumerável de possíveis respostas para "o sentido da vida", frequentemente relacionadas ou com a religião ou com a filosofia. Opiniões sobre o sentido da vida podem por si próprias se distinguir de pessoa para pessoa, bem como também podem variar no decorrer da vida de cada ser humano. No entanto, de uma forma mais ampla, não existe consenso sobre tal.
Budismo
No Budismo, é dito claramente que o objetivo da vida para todos os seres humanos é único. Sofremos (também) por causa das paixões mundanas, mas a causa maior de todo o nosso sofrimento é por não saber o que ocorrerá após a morte. Resolvida essa questão, pode-se atingir a Felicidade Absoluta, que não depende de fatores externos para existir (a maioria dos seres humanos só conhece felicidades relativas, que somente existem por comparação. Por exemplo: "eu sou feliz porque tenho mais dinheiro que fulano, ou porque tenho mais dinheiro agora do que antes"). Tal Felicidade Absoluta é, de fato, o verdadeiro objetivo da vida (quaisquer outros supostos objetivos - sucesso, dinheiro, diversão, etc. - são, na verdade, metas, mas não o objetivo final). Esse objetivo precisa ser atingido em vida. Por meio da Lei da Causa e Efeito (um princípio fundamental e imutável do Universo, válido em qualquer lugar e em qualquer época, que diz que: boas ações levam a boas consequências; más ações levam a infelicidades; e somente as ações que uma pessoa comete são responsáveis por todo e qualquer destino que ela tiver), também conhecida como lei cármica, uma pessoa consegue, ao praticar o bem e ouvindo o Budismo, se aproximar da Felicidade Absoluta.
Hinduísmo
O Hinduísmo abrange diferentes denominações religiosas, sem um ser criador comum ou escritura sagrada universal. As opiniões filosóficas individuais têm conceitos parcialmente diferentes em relação ao ensino da vida, morte e libertação. Os conceitos relacionados ao sentido da vida são da mesma maneira diferentes. Para muitos, significa uma vida após o tradicional "quatro objetivos da vida", isto é, Artha (poder), Kama (desejo), Dharma (harmonia moral) e finalmente como última meta, o Moksha (a libertação). Para os partidários dos ensinamentos de Advaita-Lehre, Moksha significa elevação a "consciência cósmica" no brâmane. Para os defensores do Dvaita-Lehre, o Bhakti possui um estado central, e a libertação significa comunhão eterna e paz com Deus.
Judaísmo
A religião judaica baseia-se nas tradições religiosas de judeus e escolhidas por Deus.
O sentido da vida no Judaísmo consiste na observância das leis divinas, na reverência perante a Deus e sua vontade. As leis e ordens divinas estão reunidas na Tanakh, além da Talmud e Midrash .
Cristianismo
O Cristianismo fundamenta-se no conjunto de ensinamentos de Jesus de Nazaré. De acordo com a tradição, Ele era o filho de um carpinteiro judeu. Como o filho de Deus e messias, Ele anunciou a vinda de reino de Deus e salvou as pessoas do pecado original com a sua morte na cruz e a sua ressurreição.
O sentido da vida no Cristianismo baseia-se na comunhão com Deus na vida, bem como após a morte. Confissão e o arrependimento são pré-requisitos para tal, assim como a libertação dos pecados através de Jesus Cristo, como é descrito na Bíblia.
Cabala
Considerando a Kabbalah com o método de investigação da realidade para a revelação do Sistema de leis que governam a natureza, o sentido da vida é apresentado por um conjunto de vários pensadores em quase 6 milênios de civilização de forma coerente e convergente como sendo o atingir em vida de um estado de independência completa em relação a própria natureza humana. Essa natureza seria a eterna busca pelo prazer e rejeição da dor. Enquanto o estado final seria busca pela verdade e rejeição da ilusão. Porém esse estado só poderia ser alcançado pela conexão pelo amor entre os seres humanos que levaria a um estado de "um só homem com um só coração".
“O que mais me surpreende na humanidade são os “homens”, porque perdem a saúde para juntar dinheiro. Depois perdem dinheiro para recuperar a saúde. E por pensarem ansiosamente no futuro, esquecem do presente de tal forma que acabam por não viver nem o presente nem o futuro. E vivem como se nunca fossem morrer… E morrem como se nunca tivessem vivido”. (Dalai Lama)
A busca desenfreada pelo sucesso, crescimento material de várias corporações e a procura incessante de realização pessoal está cada vez mais desgastada e traz à tona as questões espirituais das pessoas. Muitos se esquecem da importância de obter a conhecida “paz interior”, já que as questões materiais não suprem essa necessidade maior de uma vida tranquila.
Porém, a materialidade está perdendo sua força. Um exemplo são notícias na televisão de grandes gurus, exemplos de sucesso do mundo corporativo/financeiro/empresarial que, após obterem grandes conquistas materiais, simplesmente abandonam esses benefícios, para viver uma vida de tranquilidade em montanhas ou vales, meditando com outras pessoas que buscam essa mesma espiritualidade.
O que está acontecendo, de fato, é que, novamente, na história, esses fatores materiais e espirituais estão mudando. Levando em conta o colapso financeiro que estamos presenciando, as pessoas estão buscando um sentido mais amplo para suas vidas, e a espiritualidade está em destaque, tendo um papel importante na sociedade.
Cada vez mais pessoas estão buscando entender as religiões, reunindo-se em grupos, meditando, orando para que possam ter uma vida de maior significado, não somente delas, mas também do ambiente onde vivem. Uma nova era se aproxima, em que para combater todas essas “crises”, as pessoas estão se unindo por um propósito maior que, muitas vezes, até foge da compreensão delas, por enquanto.
Um outro fator também é que a espiritualidade em si não é algo exclusivo das religiões, mas também de uma conexão entre corpo e mente que as pessoas buscam, tornando-se seres humanos melhores, independente de religião, mas sim de uma reforma interna em sua vida.
“As pessoas precisam de conectores, escritores, heróis, estrelas, líderes para dar sentido à vida. A caixa de areia de uma criança virada para o sol. Soldados de plástico na guerra suja em miniatura. Fortalezas. Navios de guerra de garagem. Rituais, teatro, danças para reafirmar necessidades tribais & memórias, um chamamento para o culto, unindo acima de tudo, um estado anterior, um desejo da família e a magia certa da infância.” – Jim Morrison
Essa célebre frase do famoso compositor Jim Morrison retrata essa busca da sociedade por buscar uma conexão espiritual com seu corpo físico. Muito além de satisfações momentâneas e prazeres efêmeros, a busca pela felicidade sólida e absoluta é o que está em alta.
“Todas as pessoas querem deixar alguns vestígios para a posteridade, deixar alguma marca. É a velha história do livro, do filho e da árvore, o trio que, supostamente, nos imortaliza. Porém, filhos somem no mundo, árvores são cortadas, livros mofam em sebos. A única coisa que nos imortaliza – mesmo – é a memória de quem amou a gente”. (Trecho da crônica de Martha Medeiros em O Sentido da Vida no Livro Paixão Crônica).
Uma nova era está surgindo, com novas ideias e propostas. Nossa sociedade e essa busca pelo sentido mais amplo e, ao mesmo tempo, único para suas vidas, irá refletir em impactos positivos de mudanças por um país e até um mundo melhor. Só nos resta entrarmos nesse barco e expandirmos nossa vida em impactos positivos e de grande mudança.
“Seja como for, a grandiosa Revolução Humana de uma única pessoa irá um dia impulsionar a mudança total do destino de um país e, além disso, será capaz de transformar o destino de toda a humanidade!” – Daisaku Ikeda.
Comentários
Postar um comentário