É o Filho quem escolhe os Pais, e isso muda tudo!



“Filhos são estrelas, que por escolha, vieram fazer parte da nossa vida. São fortes ligações cármicas, hereditárias e biológicas. Mesmo filhos não biológicos podem ter feito essa escolha cármica. Através dos filhos e pelos filhos podemos desenvolver muitas qualidades (compreensão, paciência, altruísmo, esperança) e eles esperam de nós o apoio e a base para que possam trilhar o seu próprio caminho (ética, honestidade, sensatez, equilíbrio). O mundo se torna uma grande escola para pais e filhos, mas um tem no outro a oportunidade de desenvolver o melhor que existe em cada um. È uma questão de observar e incentivar. É também não cobrar nada no final da missão, pois apesar das várias linhas que nos unem e nos afastam, cada um de nós tem seu próprio caminho a trilhar. Mas os momentos que vivenciamos juntos nesse caminho devem ser usufruídos e degustados como vinho raro, único e inimitável assim como cada um de nós. Saúde é paz!”
Dra. Zélia Beatriz Ligório Fonseca – Pediatra Antroposófica





Dr. Aranha, médico antroposófico, fala sobre a preparação espiritual para o nascimento de um bebê mesmo antes da concepção:

Assim que a mulher descobre que terá um filho, um sentimento solene desperta: o de que a ela foi dada uma tarefa muito importante, de que nela se opera uma vontade divina. E assim ela se abre em devoção a esse ser que está por vir, renuncia a seus desejos muitas vezes, abre mão de confortos e vaidades. Mas, antes mesmo desse momento, antes mesmo da concepção, a criança já existia como indivíduo no mundo espiritual. Não era visível fisicamente, mas já estava lá. De acordo com Rudolf Steiner, o criador da antroposofia, pode-se dizer que da mesma maneira que o pai e a mãe se preparam, aguardam e sonham com a chegada dessa criança, aquele espírito também se preparou ao escolher seus pais, os que tornarão possível sua vinda e estadia aqui na Terra.
Esse momento mágico, quando a mulher percebe a aproximação de um ser antes mesmo que sua primeira célula exista, foi retratado por artistas como Rafael e Leonardo da Vinci. Naqueles tempos, esse sentimento tinha um enorme significado. Mesmo nos dias de hoje, em que somos mais terrenos, há mulheres que encontram seus filhos em sonhos bem antes do nascimento. E, ao finalmente veram a criança, percebem que se parece muito com o que sonharam. Atualmente, o último lampejo do que acontecia a séculos atrás pode ser reconhecido, talvez, no repentino desejo de uma mulher ter um filho. Mas essa vontade surge de uma maneira tão delicada que pode facilmente ficar encoberta por medos, vaidades e inseguranças.
Cria-se uma enorme diferença quando colocamos a vontade da criança em primeiro plano, quando consideramos que ela escolheu seus pais, sua família e até mesmo o momento do seu nascimento como a melhor hora para que realize tudo o que precisa aqui cumprir. Se considerarmos apenas uma vontade de pais e médicos, muitas vezes baseada em questões financeiras, conveniências, preconceitos ou modismos, teremos consequências ao longo da vida desse novo ser. A criança que anuncia sua chegada, escolhendo seus pais em um determinado momento, não compreende, naturalmente, essas razões. Apenas sentirá a resistência ou oposição à sua vinda. E esse sentimento vai afetar seu desenvolvimento mais tarde, não importa o que se passe de fato. Cabe a nós, portanto, ampliarmos nossa consciência e estender um tapete vermelho para esse ser desde os tempos em que ele é apenas um sonho, apenas um lampejo. Estender um tapete vermelho de boas-vindas aos que escolheram povoar esse planeta através de nós.






"Os laços de família, não são só materiais, são laços duradouros do Espírito, que se perpetuam e consolidam com o depuramento que acontece nas diversas encarnações que se fazem necessárias.
Os Espíritos que encarnam juntos para o progresso moral, formam famílias. Esses, em suas migrações terrenas, se buscam tornando-se um grupo, originando-se daí as famílias unidas e heterogêneas. Nessas reencarnações, acontece de ficarem temporariamente separados, porém, mais tarde tornam a encontrar-se, desejosos de novos progressos.
No mundo espiritual não se trabalha só para si, permite Deus que Espíritos menos adiantados encarnem entre esses espíritos, a fim de receberem conselhos e bons exemplos, a bem de seu progresso. Porém, devido ao atraso espiritual, se tornam por vezes, causa de perturbação no meio daqueles outros, o que constitui prova e tarefa a desempenhar." 

Evangelho Segundo Espiritismo (Allan Kardec)



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