Não se deixe enganar por Falsos Mestres


Na vida, encontraremos muitas pessoas que serão colocadas em nosso caminho para nos ensinar a evoluir. Mas este ensinamento pode ter consequências boas, ou ruins, dependo da fonte de onde provem. Nossas escolhas definem quem somos, quem seremos e quem permanece em nossa vida, portanto, devemos reconhecer os falsos mestres, falsos gurus ou falsos líderes religiosos.
A primeira orientação, que ninguém deve jamais perder de vista, é o fato de que o único mestre a que devemos seguir com toda nossa dedicação é o nosso mestre interior. O mestre externo nada mais é do que um canal para a expressão do seu mestre interno. O mestre externo funciona tal como um espelho que visa refletir a sabedoria que já existe latente em teu próprio interior.
A segunda orientação, e talvez a mais importante, é procurar perceber se o mestre ou líder religioso coloca sua própria personalidade em destaque. Os falsos profetas sempre colocam seu ego acima da sabedoria da mensagem que propagam. O mestre autêntico expõe sempre o ensinamento em primeiro plano, e seu ego fica sempre em segundo plano, ou quase não aparece. Os falsos mestres sempre desejam o culto ao ego e à imagem de si mesmos.
A terceira orientação diz respeito a imposição de dogmas e ao livre pensamento. Um falso mestre sempre dirá que você deve aceitar as verdades que ele ensina de forma integral e sem espaço para questionamento. Seu livre pensamento não é respeitado, e você precisará adotar a fé cega, sem que possa refletir sobre o dogma imposto. Pode ocorrer do falso profeta ou falso líder religioso começar a boicotar, de forma velada, o adepto mais questionador, e assim ir isolando-o do grupo. Cuidado com cultos, locais, religiões ou grupos espirituais que não abrem terreno ao livre pensar.
A quarta orientação diz respeito ao ensinamento e sua prática. Os falsos mestres sempre ensinam uma coisa, mas na praticam fazem outra coisa. Seus atos não correspondem aos seus ensinamentos. Eles pregam grandes verdades, mas quase não as praticam. Um mestre autêntico ensina mais pelo exemplo, pela sua história de vida, do que meramente por palavras. Uma vida de pureza e virtudes é o melhor tratado de sabedoria que uma pessoa pode “escrever” e deixar registrado para as gerações futuras.
A quinta orientação aborda sobre o respeito ao livre arbítrio do fiel ou seguidor. Um falso profeta, sempre que puder, dirá ao fiel o que ele deve fazer em sua vida. Um mestre autêntico apenas orienta e deixa o seguidor refletir e ele mesmo escolher como agir. Os falsos profetas gostam muito de controlar os seguidores, e uma das melhores formas para isso é sempre dizer a eles o que fazer e como se comportar. Mas a escolha do seguidor deve sempre ser respeitada, pois o fiel é quem deverá colher os frutos das boas ou más ações que praticar. Embora possam receber orientações e recomendações, cabe apenas a própria pessoa decidir quais serão suas ações no mundo.
A sexta orientação diz respeito à dependência e a independência. Os falsos profetas desejam sempre que seus seguidores dependam dele. Nenhum mestre deve criar uma relação de dependência entre ele e seu seguidor. O mestre verdadeiro deseja que o fiel se torne independente do próprio mestre, e num futuro breve possa guiar sozinho a sua vida e seu caminho espiritual. Um motorista jamais aprenderia a dirigir se o professor sempre guiasse o veículo. O mestre ajuda o discípulo para que futuramente o discípulo não mais precise de ajuda. Apenas os falsos mestres querem manter seus discípulos dependentes dele, pois essa é uma excelente forma de dominação.
A sétima orientação versa sobre a ilusão da exclusividade de um conhecimento. Os falsos profetas sempre dirão aos seguidores que eles (os supostos mestres) são os únicos detentores de uma verdade, e que apenas eles ou a doutrina que eles pregam podem conduzir os fiéis à verdade ou a Deus. Desconfie sempre dos falsos profetas que afirmam serem os únicos canais de um conhecimento, e que aquela sabedoria é exclusividade de uma pessoa ou um grupo.
A oitava orientação fala sobre a responsabilidade e a culpabilização. Os falsos profetas quase sempre colocam a culpa do sofrimento do fiel em algo externo a ele, sejam demônios, entidades, família, sociedade, etc. O mestre verdadeiro sempre coloca a responsabilidade de tudo o que ocorre com o seguidor nele mesmo. Em última instância, somos responsáveis pelo céu ou o inferno que vivemos, que nada mais é do que uma criação nossa. É verdade que existem milhares de influências neste mundo, mas a forma como nós encaramos ou enfrentamos as adversidades depende de nós mesmos. Portanto, tudo o que nos acontece tem a nossa participação ativa, mesmo que não tenhamos consciência das causas. 
A nona orientação fala sobre o ganho externo ou interno. Quando você estiver em dúvida se um guru, líder religioso, mestre é bom ou não, preste atenção no discurso dele sobre os ganhos exteriores ou os ganhos interiores. Claro que obter algum ganho no mundo não é necessariamente ruim, mas procure observar se o discurso dele e sua prática são voltadas mais ao ganho mundano ou ao ganho interior. Se os ensinamentos dele te direcionam mais a ganhar coisas externamente, talvez a melhor coisa a fazer é deixa-lo de lado e seguir outro caminho. Pois o objetivo da vida espiritual não é o ganho exterior, as conquistas materiais, os sonhos que nos tragam realizações mundanas. Mas se os ensinamentos dele te direcionam a ganhos interiores, como felicidade, paz, amor, harmonia, equilíbrio, humildade, desprendimento, bem estar, etc, dê mais valor a ele e saiba que você pode segui-lo com mais confiança.
Estas são as orientações gerais para não se deixar levar pelos falsos profetas. Tenho certeza que muitas destas características, são conhecidas naqueles que lhes inspiram, basta prestar atenção em seus atos e comportamentos e você encontrará as respostas.
Quem medita nestes pontos, dificilmente será enganado.




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